sexta-feira, 29 de outubro de 2010

É só mais uma letra de música

Toca agora uma música que pede para que o outro fique. Músicas... cada casal tem a sua, mas cada um em separado ira curtir ou não várias outras na hora da separação.
O que era um marco entre duas pessoas, a música do primeiro encontro passa a ser a música que não deve ser tocada, porque a saudade arrebata e mata qualquer véstigio do que foi outrora.
Queria estar falando pra ti coisas que só eu sei sentir... Como por exemplo:
Queria que você soubesse que cada pedaço seu... Hoje é um everest diário meu. Deixa eu te escalar? Andar de mãos dadas contigo, fazer amor só com você, deixa o sol queimar o cheiro da solidão da pele nos meus ombros caídos. Sou sua sim.
Enquanto essa música tocar posso tentar te convencer. Isso é apenas mais uma tentativa e sua resposta é tudo que precisava saber.
Muitas pessoas têm esperanças, poucas têm fé, quase nenhuma abriga alguma delas, quem dirá ambas.
Como era você e suas coisas loucas, antes de eu encasquetar tanto em te querer.
Como posso subir seus degraus, de dois em dois, até chegar a nós dois.
Então quisera eu poder iniciar uma música pra te fazer duvidar, se no meio do caminho a energia acabar, se o passado ficar rondando nós dois? E se depois você se arrepender? E eu tiver mais uma crise de abstinência e teimar em te ligar? E se eu não suportar mais tanta solidão? E se eu me confundir e talvez por um fim em tudo? E se eu... nada, já disse tudo.
Disse uma, duas, três várias vezes. Sim, quero você pra mim, não vou te abandonar, preciso do seu sim, volta pra mim... Mas você não quer me ouvir e eu nem quero mais falar, nem pedir e nem esperar.
Eu escuto a música e tento controlar meu jeito seminatural sabendo que você tem a mania diferente de demonstrar que nada sente.
Corra pra bem longe de mim, disfarce a intenção de ser um dia alcançado. Rodeios, rodeios, rodeios  e um "eu não queria mesmo" na manga, pra no caso de uma rejeição.
Eu Posso falar tantas vezes... Chega!!
Chega! Cansei de gastar horas sem te ver.
Chega! De esperar que você venha me ver.
Chega! De ser do jeito que sou, pedir pouco, me contentar com pouco e achar que estou tendo muito.
Existem perfumes que ainda não senti, fico pedindo para que você permaneça mais um pouco quando na realidade nem aqui você está.
Tenho algumas histórias ainda pra te contar, todas são histórias de amor, de um amor enorme que senti, que deve ser suprimido... Mas sabe, eu não guardo memórias ruins, mas muitas delas eu nunca mais vou querer ter.
A música esta quase acabando, mas a saudade ainda não.
Existem canções que não deveriam ter fim, mesmo que o romance nelas retratado já seja apenas uma lembrança.
Eu tinha uma pilha de planos para dividir com você, mas acho que todo esse amor não passou de um vislumbre mental momentâneo. Eu acreditei nas coisas que vivi, nas promessas feitas, nas juras de amor...
Estou em um terrivél desatar de nós, de "nós" mesmo, desatar de mim, de ti de nós.
São tantas sílabas que tento encaixar de forma amorosa, para nunca te magoar, e em superfícies de cores que gritam por você. Revelo em palavras partes frágeis de mim, são as palavras que eu ainda não consigo digerir, como saudades, distância, desdém, falta de carinho e uma frieza absoluta que eu não sabia que existia em você.
De que me serve ter tanto sentimento, tanta sinceridade nas palavras e ações, se eu não consigo ser racional e honesta com meu coração.
Por que é tão desconfortável estar submersa em borbulhante desilusão? Perguntas ressuscitam a cada vez que me ponho a escrever, a cada massagem no peito para que a dor pare de doer, peito esse que virou hospitaleiro da dor de uma separação que já morreu.
Esse ex amor se torna dia após dia do tamanho do meu esforço pra esquecer ou então acreditar que ele realmente existiu,
Restos de entulhos... é assim... os sentimentos que carrego são tratados assim, e eu demorando para limpar, meus sentimentos estavam estocados no lugar mais alto que pude colocar, onde eu achava que merecia estar. Até aceitá-los hoje como momentos e sentimentos de fundo falso.
É tão dificíl, mas é tão necessário eu revisitar o meu passado depois de guardar tantas horas um lugar na fila à espera de uma ligação, de um sms, de uma visita ou de um milagre que agora sei que não acontecerá.
A música acabou... e no silêncio e na ausência eu só vejo todas as verdades e eu as vejo assim....



segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Um livro, um pensamento... e uma reflexão.

Acabei de ler um livro e fiquei a refletir sobre algumas coisas tão bem pontuadas pelo autor e que mexem com a gente, quando estamos meio que em “compasso de espera”.
Em certa parte do livro o autor falava sobre algumas qualidades tão necessárias no exercício diário da vida, mas que a grande maioria ou esquece ou não pratica por achar que é difícil agir com as tais qualidades: humildade, paciência, mansidão, tolerância e brandura.
Enfim, quero escrever hoje sobre essas qualidades dentro de um relacionamento a dois.
Quando em um relacionamento tudo parece um caos, um descompromisso total, um verdadeiro desamor, cada qual para um lado, esperando o outro tomar uma decisão, qualquer decisão é porque todas essas qualidades foram esquecidas ou não praticadas dentro da relação.
Humildade é raros aqueles que reconhecem suas falhas e que as expõe ao outro, que se esvaziam de si e reconhecem suas insensatezes, admitem suas fragilidades e lutam diariamente contra a pequenez e o orgulho assoberbado.
Paciência, não existe a ansiedade impera e com ela a vontade própria, onde cada qual só pensa em seus problemas, não se faz mais o exercício diário de ouvir e ser ouvido, se relegam a própria sorte de adivinharem o que cada qual sente, pensa ou quer dizer. 
E a mansidão então, coitada! Não existe mais a flexibilidade e a irritabilidade faz com que a mansidão fique a mercê do abandono total. Um não consegue ser dócil com o outro, na realidade não são dóceis nem consigo mesmos, pois se cobram e se punem a todo o momento.
A brandura então é confundida o tempo todo com inércia e acomodação. Enquanto isso a docilidade é completamente relegada a segundo plano.
Então vamos ser honestos em nossos relacionamentos, vamos usar e abusar dessas qualidades. Sem medo, sem receios de sermos mal interpretados, vamos usar e abusar do que é bom dentro de uma relação saudável, cheia de amor, carinho e excitação.
Vamos ouvir mais e falar menos, vamos deixar de ser egocêntricos e vamos ver com os olhos da alma, com todos os sentimentos o que se passa no intimo da pessoa amada.
Quantos medos ocultos nós temos, quantos conflitos secretos nunca vão ganhar sonoridade por causa do orgulho, quantas feridas já causamos e não admitimos por não sermos humildes o suficiente para dizer-mos a palavra perdão.
Vamos apaziguar nossas emoções, vamos deixar a zona de conforto e vamos caminhar até o outro. Não vamos deixar um amor morrer porque somos melhores e não podemos nos "rebaixar". 
Quanto tempo ainda teremos quanto tempo ainda nos resta para dizermos a quem amamos que essa pessoa é importante pra nós.
Somos peritos em julgar o outro, em culpar o fracasso da nossa relação ao outro e não ao “nós”.
Afinal de contas não somos “um” em uma relação, precisamos do outro para ter a completude da relação.
E outra, vamos ser honestos com a nossa história de amor, porque outrora havia amor, portanto, vamos ao  menos tentar visualizar onde foi parar as qualidades citadas aqui que existiam nas juras do inicio... No comecinho da paixão, que eram ditas quase que rotineiramente ao pé do ouvido: vou te proteger, não vou te abandonar, estou aqui para o que der e vier te escutarei a qualquer hora (mesmo às 03 da manhã de uma segunda-feira) e etc e etc.
Vamos lá companheiros e companheiras, dêem uma chance ao AMOR, se entreguem sem medo, reconciliem-se sem culpa, acreditem no relacionamento de vocês, recomecem, reinventem, se permitam viver as coisas verdadeiras de uma relação e tragam para dentro do relacionamento, todas as qualidades e necessidades que fazem a vida fluir mais fácil, mais encantadora e mais plena.
No amor às vezes precisamos aprender a reamar, reanimar e reaver o que a rotina diária tentou consumir. Afinal a vida é feita para ser vivida e dividida e não dizimada.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Como é maravilhoso se entregar...

De tudo que já ouvi falar sobre o amor, em nenhum momento ouvi falar de meia entrega. Afinal, ninguém meio que ama, ninguém meio que se entrega.

Amar é de fato se desfazer-se de si. É utopia não querer sair do chão por receio de ter que retornar ao mesmo lugar , um dia. E encontrar alguém não significa dar fim à busca, dizimar os problemas.

Com o amor outros problemas virão, mas serão de certa forma amenizados, pois temos o outro para nos ajudar, nos proteger, nos embalar, vão-se os amargos e azedos, vêm os salgados ou os demasiadamente doces.

E a cabeça entende quando é a alma que vem e pede baixinho... Se permita, não há outro jeito. Do contrário, não interromperá essa ciranda da vida de dar o que não se tem somente para agradar pessoas que você realmente não ama, e que não te amam também.

Eu me vejo aqui do alto dos meus 42 anos, sentada em uma nuvem equivalente ao ponto maior que uma doce entrega pode me propiciar.
Me entreuei sim, mas essa doce entrega foi somente aquele que conseguiu me tocar de verdade.

Jamais vou enganar alguém, não ficarei com ninguém por ficar, tentando amar, experimentar ou mesmo para esquecer um outro alguém,isso pra mim é usar... Preciso me zerar para recomeçar, e estou em contagem regressiva.

Assim como não vou dizer que amor não dói. Amor dói sim, mas nem sempre é igual. Na maioria dos dias ele, não queima, simplesmente aquece, ele não tortura ele entorpece.
Só precisamos escolher entre uma estrada e outra. Se o amor é clichê, a falta dele é lugar comum e viver é um abastado chavão de mal gosto.

É preciso soprar a chama que faz brilhar mesmo em dias nublados, é preciso cantar alto para ouvir a voz interior, provocar risos verdadeiros e gargalhadas sonoras para se sentir viva.

É preciso parar com essa neurose de não querer saber a verdade, de não se permitir sentir tudo que o amor tem para dar e é preciso ainda, largar tudo e desfrutar do prazer de viver sem medo de se machucar ou de quebrar a cara.

Talvez essa tenha sido a maior besteira que fiz ou que disse, mas garanto a todos vocês, existem pares muito mais infelizes do que eu, todos assim...fazendo de conta como você que esta lendo agora.

Brincando de casinha, caçando paixões dia ápos dia, simulando e fingindo alegrias, vivendo como que em um set de filmagens sendo ao mesmo tempo ator e telespectador, sem aplauso e sem sucesso.

Eu não! Eu tracei o meu caminho diferente... acreditei que mais valia a pena fracassar vivendo as coisas do meu jeito do que vencer me anulando, arrependida por não ter feito ou falado tudo o que eu sentia.

Eu me recuso a perdoar aqueles que fracassam sem ao menos tentar e não entendo - ou não quero - entender aqueles que temem amar e serem felizes, sem se arriscar nessa busca. É como atravessar um rio remando com esforço, dentro de um barco a motor.

Então, meu amor, estendo minha mão, morrendo de medo mas cheia de coragem igualmente, sem levar nada tão a sério, ignorando todas as regras impostas, toda a vã filosofia de explicar sensações dentro da arte de amar.

Estou aqui no chão, eu desci, pra mais tarde poder te acompanhar na subida, te levando ou me deixando levar. Venha preencher minha aquarela de cores, para podermos pintar a vida de caos, dilatação, equações, sorte, alegrias e carinhos e até de alguns deslizes... Mas venha no tempo que for se entregar para mim, sem medo de ser feliz, sem medo de me fazer feliz.



Se entregue como as flôres se entregam...
Sem medo de um dia serem arrancadas da segurança da terra.



quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Vai saudade... faça algo por mim!!!




O sono não vem, porque a saudade teima em ficar acordada. Saudade de alguém, dos bons momentos ao lado desse alguém, saudades das palavras pronunciadas, dos gestos e do cheiro.
Saudades de estar com você que de tão intimo passou a ser uma estranho, que outrora colocou minha vida de pernas para o ar de tanta alegria e que agora me coloca de volta ao chão com sua ausência, com seu silêncio, com o seu não, talvez ou quem sabe.
Preciso descansar o corpo, aliviar a alma, recuperar as energias. Mas aquele sentimento sem cor, sem forma e que não se cansa fica a me perseguir... Me tirando o sono, maltradando a alma.
Que culpa tenho se te deixaram aqui, pois por minha vontade tu jamais estaria presente, tu jamais existira.
Porque na realidadee o que eu mais queria a presença, o sorriso, o carinho e o cheiro, jamais você saudade horrorosa e sem graça, sem piedade e teimosa.
Sai saudade, sai da minha vida me deixe respirar um pouco e ver as cores por um minuto, vai dar uma volta por ai ou melhor ainda, vai saudade, vai fazer companhia para quem te deixou aqui, vai tirar o sono do seu dono que te esqueceu aqui ao meu lado.
Em outras épocas sua colega a outra saudade era bem vinda, porque na realidade quando ela vinha nunca chegava sozinha pois trazia a imagem de quem vinha me ver.
Hoje saudade... Você só me assombra, ri de mim e da minha esperança.
Vai saudade, vai procurar e tente com sua teimosia mostrar a quem aqui te deixou, o quanto você é vil e  machuca...
E assim, quem sabe... ele te espante ou te tranque e venha correndo me ver.



Começarei a escrever aqui...

Já que não mais lhe escreverei... Vou escrever para alguém que queira sentir a certeza de um amor.
Hoje estou fazendo um teste e nem sei como vou me sair nesta nova forma de me esvaziar do amor e da saudade que gritam dentro de meu peito.


Um, dois, três... testando...