segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Um livro, um pensamento... e uma reflexão.

Acabei de ler um livro e fiquei a refletir sobre algumas coisas tão bem pontuadas pelo autor e que mexem com a gente, quando estamos meio que em “compasso de espera”.
Em certa parte do livro o autor falava sobre algumas qualidades tão necessárias no exercício diário da vida, mas que a grande maioria ou esquece ou não pratica por achar que é difícil agir com as tais qualidades: humildade, paciência, mansidão, tolerância e brandura.
Enfim, quero escrever hoje sobre essas qualidades dentro de um relacionamento a dois.
Quando em um relacionamento tudo parece um caos, um descompromisso total, um verdadeiro desamor, cada qual para um lado, esperando o outro tomar uma decisão, qualquer decisão é porque todas essas qualidades foram esquecidas ou não praticadas dentro da relação.
Humildade é raros aqueles que reconhecem suas falhas e que as expõe ao outro, que se esvaziam de si e reconhecem suas insensatezes, admitem suas fragilidades e lutam diariamente contra a pequenez e o orgulho assoberbado.
Paciência, não existe a ansiedade impera e com ela a vontade própria, onde cada qual só pensa em seus problemas, não se faz mais o exercício diário de ouvir e ser ouvido, se relegam a própria sorte de adivinharem o que cada qual sente, pensa ou quer dizer. 
E a mansidão então, coitada! Não existe mais a flexibilidade e a irritabilidade faz com que a mansidão fique a mercê do abandono total. Um não consegue ser dócil com o outro, na realidade não são dóceis nem consigo mesmos, pois se cobram e se punem a todo o momento.
A brandura então é confundida o tempo todo com inércia e acomodação. Enquanto isso a docilidade é completamente relegada a segundo plano.
Então vamos ser honestos em nossos relacionamentos, vamos usar e abusar dessas qualidades. Sem medo, sem receios de sermos mal interpretados, vamos usar e abusar do que é bom dentro de uma relação saudável, cheia de amor, carinho e excitação.
Vamos ouvir mais e falar menos, vamos deixar de ser egocêntricos e vamos ver com os olhos da alma, com todos os sentimentos o que se passa no intimo da pessoa amada.
Quantos medos ocultos nós temos, quantos conflitos secretos nunca vão ganhar sonoridade por causa do orgulho, quantas feridas já causamos e não admitimos por não sermos humildes o suficiente para dizer-mos a palavra perdão.
Vamos apaziguar nossas emoções, vamos deixar a zona de conforto e vamos caminhar até o outro. Não vamos deixar um amor morrer porque somos melhores e não podemos nos "rebaixar". 
Quanto tempo ainda teremos quanto tempo ainda nos resta para dizermos a quem amamos que essa pessoa é importante pra nós.
Somos peritos em julgar o outro, em culpar o fracasso da nossa relação ao outro e não ao “nós”.
Afinal de contas não somos “um” em uma relação, precisamos do outro para ter a completude da relação.
E outra, vamos ser honestos com a nossa história de amor, porque outrora havia amor, portanto, vamos ao  menos tentar visualizar onde foi parar as qualidades citadas aqui que existiam nas juras do inicio... No comecinho da paixão, que eram ditas quase que rotineiramente ao pé do ouvido: vou te proteger, não vou te abandonar, estou aqui para o que der e vier te escutarei a qualquer hora (mesmo às 03 da manhã de uma segunda-feira) e etc e etc.
Vamos lá companheiros e companheiras, dêem uma chance ao AMOR, se entreguem sem medo, reconciliem-se sem culpa, acreditem no relacionamento de vocês, recomecem, reinventem, se permitam viver as coisas verdadeiras de uma relação e tragam para dentro do relacionamento, todas as qualidades e necessidades que fazem a vida fluir mais fácil, mais encantadora e mais plena.
No amor às vezes precisamos aprender a reamar, reanimar e reaver o que a rotina diária tentou consumir. Afinal a vida é feita para ser vivida e dividida e não dizimada.